A importância de rever os tarifários de energia em contratos de gestão partilhada (AAFF e PMEs)

A verdade é que, em muitos casos, os tarifários de energia são escolhidos sem qualquer personalização, ignorando os perfis de consumo específicos das empresas residentes. O resultado? Custo energético mais elevado, ineficiência no consumo e menor rentabilidade para as empresas.
Neste artigo, a Nabalia Energia explora como uma revisão conjunta dos tarifários de energia — entre AAFF e PMEs — pode representar uma poupança significativa e contribuir para uma gestão mais eficiente dos espaços empresariais.
AAFF e PMEs: uma relação que exige alinhamento energético
As Administrações de Arrendamento e Condomínios são responsáveis pela gestão de edifícios onde operam diversas empresas, cuidando de contratos comuns, manutenção, faturação de despesas e representação dos interesses coletivos. Quando se trata da energia, essa responsabilidade ganha um peso adicional.
Na maioria dos casos, o fornecimento de energia está centralizado num contrato único em nome da administração. Posteriormente, os custos são distribuídos entre as empresas ocupantes, muitas vezes com base em critérios pouco claros ou desatualizados.
Neste modelo, surgem várias questões:
- Está a ser aplicado o tarifário mais vantajoso para o tipo de consumo coletivo?
- Como são definidos os critérios de repartição dos custos entre empresas?
- As PMEs têm alguma influência ou acesso às condições contratadas?
Estas perguntas raramente são respondidas — e aí reside a oportunidade de mudança.
Por que rever os tarifários de energia em contratos de gestão partilhada?
Rever os tarifários de energia em contratos de gestão partilhada é uma medida com impacto direto na rentabilidade das empresas e na eficiência da gestão do edifício. Num cenário onde várias PMEs operam sob o mesmo contrato coletivo de fornecimento, qualquer desajuste entre o tarifário aplicado e o perfil real de consumo representa um custo adicional — não para uma única empresa, mas para todas. Ainda assim, é comum que o contrato de energia permaneça inalterado durante anos, mesmo com mudanças evidentes na ocupação e no funcionamento do espaço.
Neste tipo de contexto, onde as decisões energéticas são partilhadas, a responsabilidade pela revisão contratual também deve ser coletiva. Quando a administração do edifício, em conjunto com as empresas inquilinas, decide avaliar as condições contratadas, abre-se a porta para poupanças reais, maior justiça na distribuição de custos e, sobretudo, uma gestão mais alinhada com os desafios atuais do setor energético.
1. Redução de custos globais
A principal vantagem de rever os tarifários de energia é a possibilidade concreta de reduzir os custos mensais com o fornecimento. Muitas vezes, o tarifário em vigor não foi escolhido com base no perfil de consumo das empresas, mas sim por inércia ou desconhecimento. Identificar um tarifário mais vantajoso — como o bi-horário ou o tri-horário — pode permitir uma redução significativa do valor pago por kWh, especialmente quando grande parte do consumo ocorre fora do horário de ponta.
Estes ajustes não exigem mudanças no funcionamento das empresas nem investimentos em infraestruturas. Basta conhecer os padrões de consumo, fazer a comparação com os tarifários disponíveis no mercado e aplicar a solução mais adequada. Para a administração do edifício, isso significa reduzir a despesa total do contrato coletivo. Para as empresas que ocupam o espaço, traduz-se numa diminuição das despesas comuns, aumentando a margem operacional sem alterar a atividade.
2. Distribuição justa dos custos
Em contratos partilhados, um dos maiores desafios está na forma como os custos de energia são distribuídos entre as empresas. O critério mais comum — baseado na área ocupada — pode ser injusto, especialmente quando diferentes empresas têm consumos e horários de funcionamento muito distintos. Uma PME que consome energia de forma intensiva durante todo o dia pode acabar por pagar o mesmo que outra que utiliza o espaço esporadicamente, gerando conflitos e sensação de desequilíbrio.
Ao rever o tarifário e, quando possível, implementar sistemas de monitorização ou contadores parciais, a administração pode estabelecer critérios de repartição mais justos, baseados em dados reais de consumo. Este modelo não só reduz as queixas, como incentiva comportamentos mais conscientes por parte das empresas, que passam a ter maior visibilidade sobre o impacto do seu consumo energético nas despesas mensais.
3. Valorização do imóvel e satisfação dos inquilinos
Um edifício energeticamente eficiente, com gestão transparente dos contratos e custos otimizados, representa um ativo valorizado no mercado empresarial. PMEs que procuram espaços para instalar-se estão cada vez mais atentas aos custos fixos, e a energia é um dos fatores decisivos. Quando a administração demonstra preocupação com a poupança energética e atua de forma estratégica, o imóvel torna-se mais atrativo e competitivo.
Além disso, a revisão dos tarifários pode melhorar a relação entre a administração e as empresas residentes. A satisfação dos inquilinos aumenta quando sentem que estão a pagar um valor justo e que existe esforço da gestão em otimizar as condições de operação do edifício. Esta atitude contribui para uma maior estabilidade, menos rotatividade e um ambiente empresarial mais cooperativo e sustentável.
4. Adaptação contínua às mudanças no consumo
Com o tempo, o perfil de utilização de um edifício empresarial pode mudar: entram novas empresas, alteram-se os horários de funcionamento, mudam os equipamentos utilizados. O tarifário que era vantajoso há dois anos pode já não ser o mais indicado hoje. Por isso, é fundamental que exista uma avaliação periódica das condições contratuais, especialmente quando há alterações significativas no contexto do edifício.
Rever os tarifários com regularidade permite garantir que o fornecimento de energia está sempre alinhado com as necessidades reais das empresas. Essa adaptação contínua é um sinal de boa gestão e evita desperdícios que, acumulados ao longo do tempo, representam perdas relevantes. Num modelo de gestão partilhada, esta atenção ao detalhe beneficia todos — e reforça a sustentabilidade económica do espaço empresarial como um todo.
Como funciona a gestão partilhada de energia?
Num modelo de gestão partilhada, o edifício ou fração tem um contrato de fornecimento único, em nome da AAFF. Esta assume o pagamento da fatura mensal, repassando os custos para as empresas arrendatárias.
Modelos comuns de repartição:
- Por área ocupada (m²): cada empresa paga proporcionalmente à área que utiliza.
- Por fração fixa: custo igual para todos, independentemente do consumo.
- Com base em contadores parciais: quando existem, o consumo individual é medido.
Este sistema, embora prático, não considera os hábitos de consumo reais de cada empresa, o que gera situações de injustiça ou desperdício. Uma PME que opera em horário noturno, por exemplo, pode beneficiar de um tarifário com vantagens nesse período — mas essa poupança perde-se se o contrato coletivo estiver mal ajustado.
Benefícios da revisão contratual com a Nabalia Energia
A Nabalia Energia é especialista em análise energética a nível empresarial, incluindo contextos de gestão partilhada. O processo de revisão contratual é simples, transparente e sem compromisso:
- Análise das faturas atuais
- São analisadas as condições contratadas, os consumos e a estrutura tarifária do edifício.
- Avaliação do perfil coletivo e individual (quando possível)
- Identificam-se padrões de utilização da energia, horários de maior consumo e picos.
- Simulação de tarifários alternativos
- São apresentadas simulações com diferentes configurações, evidenciando as poupanças potenciais.
- Proposta clara e ajustada às necessidades
- A proposta tem como objetivo beneficiar todo o conjunto empresarial, com maior eficiência e redução de custos.
Este apoio é prestado sem custo inicial e com a possibilidade de acompanhamento contínuo após a mudança contratual.
Estudo de caso: edifício empresarial em Lisboa
Um edifício empresarial em Lisboa, com 12 frações arrendadas a PMEs (escritórios, coworks e consultórios), tinha um contrato coletivo com tarifário simples. Após análise da Nabalia Energia, foi identificado que 60% do consumo ocorria no período noturno, devido a servidores, iluminação contínua e equipamentos em standby.
Com a mudança para um tarifário bi-horário, o edifício passou a pagar 14% menos por mês, sem qualquer alteração na infraestrutura. Os custos foram redistribuídos de forma mais justa, de acordo com os dados de consumo partilhado.
O resultado?
- Poupança direta para todas as PMEs;
- Maior transparência na administração;
- Redução de conflitos e queixas relacionadas com as despesas comuns.
Boas práticas para Administrações e PMEs em contratos partilhados
A colaboração entre as Administrações de Arrendamento e Condomínios (AAFF) e as empresas arrendatárias é fundamental para garantir uma gestão energética eficiente e equilibrada. Quando há transparência e alinhamento entre as partes, torna-se mais fácil encontrar soluções que beneficiem todo o edifício, reduzam os custos coletivos e criem um ambiente empresarial mais sustentável. Abaixo, destacamos algumas práticas recomendadas que podem ser aplicadas de forma simples, mas com grande impacto.
1. Promover o diálogo entre administração e empresas
Um dos primeiros passos para uma gestão energética eficaz num edifício partilhado é criar canais abertos de comunicação entre a administração e as PMEs. Muitas empresas desconhecem os detalhes do contrato de energia, os critérios de repartição de custos ou até mesmo o tipo de tarifário em vigor. Partilhar esta informação ajuda a construir um modelo mais transparente, onde as decisões são tomadas com base em dados reais e com o envolvimento de todos os utilizadores do espaço. Além disso, esta troca facilita a identificação de oportunidades de melhoria conjuntas.
2. Realizar diagnósticos energéticos regulares
Mesmo sem alterações visíveis no consumo, é aconselhável que as administrações realizem uma análise periódica das faturas e condições contratuais. Estes diagnósticos permitem detetar desvios, consumos inesperados, potência contratada inadequada ou até tarifários desajustados. Com o apoio de uma comercializadora como a Nabalia Energia, estas avaliações são feitas com rapidez, clareza e sem custos iniciais. Ao antecipar problemas e otimizar o contrato, as administrações garantem maior estabilidade financeira e eficiência operacional.
3. Considerar a instalação de contadores parciais
Sempre que tecnicamente possível, a instalação de contadores parciais ou sistemas de monitorização individual é uma das formas mais justas e eficazes de repartir os custos de energia. Esta solução permite que cada empresa pague conforme o seu consumo real, incentivando também uma maior consciencialização sobre os hábitos energéticos. Além de promover justiça na distribuição, este modelo ajuda a reduzir conflitos entre inquilinos e dá à administração dados concretos para ajustar o tarifário ao perfil coletivo de forma mais precisa.
4. Atualizar o tarifário sempre que houver alterações no perfil de uso
A entrada de novas empresas, mudanças nos horários de funcionamento, ampliações de espaços ou alterações tecnológicas (como a introdução de equipamentos mais potentes) podem impactar profundamente o padrão de consumo energético do edifício. Por isso, é essencial que a administração esteja atenta e reveja o tarifário sempre que estas mudanças ocorrerem. Manter um contrato desatualizado face à realidade é um erro comum que resulta em custos desnecessários. Uma atualização proativa garante que o edifício opera com um modelo energético adequado, económico e alinhado com as suas necessidades atuais.
Perguntas frequentes sobre contratos partilhados de energia
As PMEs podem solicitar a revisão do tarifário mesmo sem serem titulares do contrato?
Sim. A administração pode ser abordada com uma proposta fundamentada. A Nabalia Energia pode ajudar a preparar essa proposta com dados e simulações claras.
É possível ter contratos individuais dentro de um edifício com gestão centralizada?
Depende da configuração do sistema elétrico. Em muitos casos, é viável instalar contadores separados e estabelecer contratos diretos com cada PME.
Há custos para rever o tarifário com a Nabalia Energia?
A análise inicial é gratuita e sem compromisso. A proposta é feita com total transparência, e a mudança de tarifário é acompanhada por uma equipa dedicada.
A energia como ferramenta de competitividade empresarial
No atual contexto económico, todas as oportunidades de otimização contam. A gestão da energia, muitas vezes vista como uma despesa fixa, pode transformar-se numa ferramenta estratégica de poupança e eficiência — especialmente quando empresas e administrações colaboram de forma ativa.
A Nabalia Energia acredita que a revisão dos tarifários de energia deve ser parte da rotina de qualquer espaço empresarial partilhado, tal como a manutenção ou a limpeza. Trata-se de garantir que os recursos são utilizados da forma mais inteligente possível, maximizando o valor para todos os envolvidos.
Conclusão: rever tarifários é um dever partilhado
A relação entre Administrações de Arrendamento e Condomínios (AAFF) e PMEs deve assentar numa gestão eficiente, baseada em transparência e diálogo. Quando se fala de energia, esta colaboração pode traduzir-se em redução de custos, maior equilíbrio na distribuição de despesas e melhor funcionamento dos espaços partilhados. Afinal, num contrato coletivo, qualquer decisão afeta diretamente a rentabilidade de todas as empresas envolvidas.
A titularidade do contrato ou a estrutura do imóvel não precisam de ser obstáculos à eficiência energética. Rever o tarifário, ajustar a potência contratada ou simplesmente analisar o padrão de consumo já pode gerar poupanças significativas e criar um modelo de gestão mais justo. Com escolhas bem fundamentadas, é possível transformar um edifício num exemplo de boa prática e numa mais-valia para as empresas que ali operam.
Se a energia representa uma parte relevante das despesas operacionais da sua empresa ou do edifício que gere, vale a pena refletir: Será que o tarifário de energia atualmente em vigor continua a ser a melhor escolha para todos os que partilham esse espaço?