A Importância de Rever os Tarifários de Energia em Contratos de Gestão Partilhada (AAFF e PMEs)

Administrações de Arrendamento e Condomínios e PMEs partilham contratos de energia, mas raramente colaboram na sua otimização. Descubra como rever os tarifários em contextos de gestão partilhada pode gerar poupança, equidade na distribuição de custos e maior eficiência para todas as empresas envolvidas.
15 de set. de 2025
A Importância de Rever os Tarifários de Energia em Contratos de Gestão Partilhada (AAFF e PMEs)
Em Portugal, é cada vez mais comum encontrar edifícios comerciais e empresariais geridos por Administrações de Arrendamento e Condomínios (AAFF), onde operam múltiplas pequenas e médias empresas (PMEs). Estes espaços partilhados oferecem vantagens logísticas, mas também trazem desafios na gestão da energia, especialmente quando existe um único contrato de fornecimento para todo o edifício ou fração partilhada.

A verdade é que, em muitos casos, os tarifários de energia são escolhidos sem qualquer personalização, ignorando os perfis de consumo específicos das empresas residentes. O resultado? Custo energético mais elevado, ineficiência no consumo e menor rentabilidade para as empresas.

Neste artigo, a Nabalia Energia analisa de que forma uma revisão colaborativa dos tarifários energéticos, entre AAFF e PMEs, pode gerar uma poupança relevante e favorecer uma gestão mais eficiente dos espaços empresariais

AAFF e PMEs: uma relação que exige alinhamento energético

As Administrações de Arrendamento e Condomínios são responsáveis pela gestão de edifícios onde operam diversas empresas, cuidando de contratos comuns, manutenção, faturação de despesas e representação dos interesses coletivos. Quando se trata da energia, essa responsabilidade ganha um peso adicional.

Na maioria dos casos, o fornecimento de energia está centralizado num contrato único em nome da administração. Posteriormente, os custos são distribuídos entre as empresas locatárias, muitas vezes com base em critérios pouco claros ou desatualizados.

Neste modelo, surgem várias questões:

  • Está a ser aplicado o tarifário mais vantajoso para o tipo de consumo coletivo?
  • Como são definidos os critérios de distribuição dos custos entre empresas?
  • As PMEs têm alguma influência ou acesso às condições contratadas?

Estas perguntas raramente são respondidas mas é, nesse ponto que surge a oportunidade de mudança.

Por que Rever os Tarifários de Energia em Contratos de Gestão Partilhada?

Rever os tarifários de energia em contratos de gestão conjunta é uma medida com impacto direto na rentabilidade das empresas e na eficiência da gestão do edifício. Num cenário onde várias PMEs operam sob o mesmo contrato coletivo de fornecimento, qualquer desajuste entre o tarifário aplicado e o perfil real de consumo representa um custo adicional, não para uma única empresa, mas para todas. Ainda assim, é comum que o contrato de energia permaneça inalterado durante anos, mesmo com mudanças evidentes na ocupação e no funcionamento do espaço.

Neste tipo de contexto, onde as decisões energéticas são partilhadas, a responsabilidade pela revisão contratual também deve ser compartilhada. Quando a administração do edifício, em conjunto com as empresas inquilinas, decide avaliar as condições contratadas, abre-se a porta para poupanças reais, maior equidade na distribuição de custos e, sobretudo, uma gestão mais alinhada com os desafios atuais do setor energético.

1. Redução de Custos Globais

A principal vantagem de rever os tarifários de energia é a possibilidade concreta de reduzir os custos mensais com o fornecimento de eletricidade. Muitas vezes, o tarifário em vigor não foi escolhido com base no perfil de consumo das empresas, mas sim por inércia ou desconhecimento. Identificar um tarifário mais vantajoso como o bi-horário ou o tri-horário, pode permitir uma redução significativa do valor pago por kWh, especialmente quando grande parte do consumo ocorre fora do horário de ponta.

Estes ajustes não exigem mudanças no funcionamento das empresas nem investimentos em infraestruturas, basta conhecer os padrões de consumo, fazer a comparação com os tarifários disponíveis no mercado e aplicar a solução mais adequada. Para a administração do edifício, isso significa reduzir a despesa total do contrato compartilhado. Para as empresas que ocupam o espaço, traduz-se numa diminuição das despesas comuns, aumentando a margem operacional sem alterar a atividade.

2. Distribuição justa dos custos

Em contratos dívididos, um dos maiores desafios está na forma como os custos de energia são distribuídos entre as empresas. O critério mais comum, baseado na área ocupada, pode ser injusto, especialmente quando empresas distintas têm consumos e horários de funcionamento muito diferentes. Uma PME que consome energia de forma intensiva durante todo o dia, pode acabar por pagar o mesmo que outra que, utiliza o espaço esporadicamente, gerando conflitos e sensação de desequilíbrio.

Ao rever o tarifário e, quando possível, implementar sistemas de monitorização ou contadores parciais, a administração pode estabelecer critérios de distribuição mais justos, baseados em dados reais de consumo. Este modelo não só reduz insatisfações, como incentiva comportamentos mais conscientes por parte das empresas, que passam a ter maior visibilidade sobre o impacto do seu consumo energético nas despesas mensais.

3. Valorização do Imóvel e Satisfação dos Inquilinos

Um edifício energeticamente eficiente, com gestão transparente dos contratos e custos otimizados, representa um ativo valorizado no mercado empresarial. PMEs que procuram espaços para instalar-se estão cada vez mais atentas aos custos fixos e, a energia é um dos fatores decisivos. Quando a administração demonstra preocupação com a poupança energética e atua de forma estratégica, o imóvel torna-se mais atrativo e competitivo.

Além disso, a revisão dos tarifários pode melhorar a relação entre a administração e as empresas residentes. A satisfação dos inquilinos aumenta quando sentem que estão a pagar um valor justo e que existe esforço da gestão em otimizar as condições de operação do edifício. Esta atitude contribui para uma maior estabilidade, menos rotatividade e um ambiente empresarial mais cooperativo e sustentável.

4. Adaptação Contínua às Mudanças no Consumo

Com o tempo, o perfil de utilização de um edifício empresarial pode mudar, nomeadamente com a entrada de novas empresas. Neste caso, alteram-se os horários de funcionamento e, mudam-se os equipamentos utilizados. O tarifário que era vantajoso há dois anos pode já não ser o mais indicado hoje. Por isso, é fundamental que exista uma avaliação periódica das condições contratuais, especialmente quando há alterações significativas no contexto do edifício.

Rever os tarifários com regularidade permite garantir que o fornecimento de energia está sempre alinhado com as necessidades reais das empresas. Essa adaptação contínua é um sinal de boa gestão e evita desperdícios que, acumulados ao longo do tempo, representam perdas relevantes. Num modelo de gestão partilhada, esta atenção ao detalhe beneficia todos e reforça a sustentabilidade económica do espaço empresarial como um todo.

Adaptação contínua às mudanças no consumo

Como Funciona a Gestão Partilhada de Energia?

Num modelo de gestão comum, o edifício ou fração tem um contrato de fornecimento único, em nome da AAFF. Esta assume o pagamento da fatura mensal, enviando os custos para as empresas arrendatárias.

Modelos Comuns de Repartição:

  • Por Área Ocupada (m²): cada empresa paga em proporção à área que utiliza.
  • Por Fração Fixa: custo igual para todos, independentemente do consumo.
  • Com Base em Contadores Parciais: quando existem, o consumo individual é medido.

Este sistema, embora prático, não considera os hábitos de consumo reais de cada empresa, o que gera situações de iniquidade ou gasto excessivo. Uma PME que opera em horário noturno, por exemplo, pode beneficiar de um tarifário com vantagens nesse período mas, essa poupança perde-se se o contrato comum estiver mal ajustado.

Benefícios da Revisão Contratual com a Nabalia Energia

A Nabalia Energia é especialista em análise energética a nível empresarial, incluindo contextos de gestão conjunta. O processo de revisão contratual é simples, transparente e sem compromisso:

  1. Análise das faturas atuais
  2. Verificação das condições contratadas, consumos e da estrutura tarifária do edifício.
  3. Avaliação do perfil coletivo e individual (quando possível)
  4. Identificam-se padrões de utilização da energia, horários de maior consumo e picos.
  5. Simulação de tarifários alternativos
  6. São apresentadas simulações com diferentes configurações, evidenciando as poupanças potenciais.
  7. Proposta clara e ajustada às necessidades
  8. A proposta tem como objetivo beneficiar todo o conjunto empresarial, com maior eficiência e redução de custos.

Este apoio é prestado sem custo inicial e com a possibilidade de acompanhamento contínuo após a mudança contratual.

Estudo de Caso: Edifício empresarial em Lisboa

Um edifício empresarial em Lisboa, com 12 frações arrendadas a PMEs (escritórios, "coworks" e consultórios), tinha um contrato coletivo com tarifário simples. Após análise da Nabalia Energia, foi identificado que 60% do consumo ocorria no período noturno, devido a servidores, iluminação contínua e equipamentos em "standby".

Com a mudança para um tarifário bi-horário, o edifício passou a pagar 14% menos por mês, sem qualquer alteração na infraestrutura. Os custos foram redistribuídos de forma adequada, em conformidade com os dados de consumo partilhado.

O Resultado?

  • Poupança direta para todas as PMEs;
  • Maior transparência na administração;
  • Redução de conflitos e insatisfações relacionadas com as despesas partilhadas.

Boas Práticas para Administrações e PMEs em Contratos Partilhados

A colaboração entre as Administrações de Arrendamento e Condomínios (AAFF) e as empresas arrendatárias é fundamental para garantir uma gestão energética eficiente e equilibrada. Quando há clareza e alinhamento entre as partes, torna-se mais fácil encontrar soluções que beneficiem todo o edifício a reduzir os custos coletivos a criar um ambiente empresarial mais sustentável. Abaixo, destacamos algumas práticas recomendadas que podem ser aplicadas de forma simples, mas com grande impacto.

1. Promover o Diálogo entre Administração e Empresas

Um dos primeiros passos para uma gestão energética eficaz num edifício dividido, é criar canais abertos de comunicação entre a administração e as PMEs. Muitas empresas desconhecem os detalhes do contrato de energia, os critérios de divisão de custos ou até mesmo o tipo de tarifário em vigor. Partilhar esta informação ajuda a construir um modelo mais transparente, onde as decisões são tomadas com base em dados reais e com o envolvimento de todos os utilizadores do espaço. Além disso, esta troca facilita a identificação de oportunidades de melhoria conjuntas.

2. Realizar Diagnósticos Energéticos Regulares

Mesmo sem alterações visíveis no consumo, é aconselhável que as administrações realizem uma análise periódica das faturas e condições contratuais. Estes diagnósticos permitem detetar falhas, consumos inesperados, potência contratada inadequada ou até tarifários desajustados. Com o apoio de uma comercializadora como a Nabalia Energia, estas avaliações são feitas com rapidez, clareza e sem custos iniciais. Ao antecipar problemas e otimizar o contrato, as administrações garantem maior estabilidade financeira e eficiência operacional.

3. Considerar a Instalação de Contadores Parciais

Sempre que tecnicamente possível, a instalação de contadores ou sistemas de monitorização individual é uma das formas mais adequadas e eficazes de partilhar os custos de energia. Esta solução permite que cada empresa pague conforme o seu consumo real, incentivando também uma maior consciencialização sobre os hábitos energéticos. Além de promover justiça na distribuição, este modelo ajuda a reduzir divergências entre inquilinos e, dá à administração, informações concretas para ajustar o tarifário ao perfil coletivo com maior precisão.

4. Atualizar o Tarifário Sempre que Houver Alterações no Perfil de Uso

A entrada de novas empresas, mudanças nos horários de funcionamento, ampliações de espaços ou alterações tecnológicas (com a adoção de equipamentos de maior capacidade) podem impactar profundamente o padrão de consumo energético do edifício. Por isso, é essencial que a administração esteja atenta e reveja o tarifário sempre que estas mudanças ocorrerem. Manter um contrato desatualizado, face à realidade, é um erro comum que resulta em custos desnecessários. Uma atualização proativa garante que o edifício opera com um modelo energético adequado, económico e alinhado com as suas necessidades atuais.

Atualizar o tarifário sempre que houver alterações no perfil de uso

Perguntas frequentes sobre contratos partilhados de energia

As PMEs podem solicitar a revisão do tarifário mesmo sem serem titulares do contrato?

Sim. A administração pode ser abordada com uma proposta fundamentada. A Nabalia Energia pode ajudar a preparar essa proposta com dados e simulações claras.

É possível ter contratos individuais dentro de um edifício com gestão centralizada?

Depende da configuração do sistema elétrico. Em muitos casos, é viável instalar contadores separados e estabelecer contratos diretos com cada PME.

Há custos para rever o tarifário com a Nabalia Energia?

A análise inicial é gratuita e sem compromisso. A proposta é feita com total transparência, e a mudança de tarifário é acompanhada por uma equipa especializada.

A Energia como Ferramenta de Competitividade Empresarial

No atual contexto económico, todas as oportunidades de otimização contam. A gestão da energia, muitas vezes vista como uma despesa fixa, pode transformar-se numa ferramenta estratégica de poupança e eficiência, especialmente quando empresas e administrações colaboram de forma ativa.

A Nabalia Energia acredita que a reavaliação dos tarifários de energia deve ser parte da rotina de qualquer espaço empresarial partilhado, tal como a manutenção ou a limpeza. Trata-se de garantir que os recursos sejam utilizados da forma mais inteligente possível. Neste sentido, maximiza-se o valor para todos os envolvidos.

Conclusão: Rever Tarifários é um Dever Coletivo

A relação entre Administrações de Arrendamento e Condomínios (AAFF) e PMEs deve assentar numa gestão eficiente, clara e baseada em diálogo. Quando se fala de energia, esta colaboração pode traduzir-se em redução de custos, maior equilíbrio na distribuição de despesas e melhor funcionamento dos espaços partilhados. Afinal, num contrato coletivo, qualquer decisão afeta diretamente a rentabilidade de todas as empresas envolvidas.

A titularidade do contrato ou a estrutura do imóvel não precisam de ser obstáculos à eficiência energética. Rever o tarifário, ajustar a potência contratada ou simplesmente analisar o padrão de consumo já pode gerar poupanças significativas e criar um modelo de gestão mais justo. Com escolhas bem fundamentadas, é possível transformar um edifício num exemplo de boa prática e numa mais-valia para as empresas que ali operam.

Se a energia representa uma parte relevante das despesas operacionais da sua empresa ou do edifício que gere, vale a pena refletir: Será que o tarifário de energia atualmente em vigor continua a ser a melhor escolha para todos os que partilham esse espaço?